06 outubro 2010

Na tentativa de diminuir a probabilidade de sufocamento em um espaço encerrado, este blog nasce da idéia de comunicação, troca e complementaridade das atividades geradoras de relações que ultrapassem e misturem os termos tempo, espaço e lugar.




Por que os lugares verdes nos transformam? Que tipo de troca invisível existe entre o humano e espaço natural? Se observarmos, há sempre uma procura por esse tipo de paisagem quando se quer renovação, meditação, concentração, aprofundamento.
Li recentemente um trecho de um livro que diz que o campo é a priori um lugar de produção (alimentos) e a cidade, um lugar de "trabalho intelectual". É bem verdade se analisarmos do ponto de vista dos agrupamentos humanos e suas relações, já que no ambiente urbano há uma maior quantidade de seres em constante inter-relação e frenética análise do outro (em si e para). Mas o que me parece mais nítida é uma inversão desses acontecimentos diante do tempo-espaço atual. O bombardeio de informações e atividades pode gerar um caos intelectual e o sufocamento dos pensamentos. Então é preciso desafogar a mente longe do urbano para colocar as idéias no lugar. E agora? Dentro ou fora? Dentro e fora?

Um comentário:

  1. A cidade é o templo do homem artificial, as invenções e geringonças estão por toda parte. É instigante, claro. Somos cada vez mais urbanos. Mas o campo (ou, em escala menor, um jardim) é onde o homem pode lembrar que é apenas um organismo vivo impotente, subordinado à lei da vida... E é confortante saber que já se tem o essencial.

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